Inclusão de práticas integrativas gera debate sobre a falta de recursos em outros campos da área da Saúde

No começo do mês de março de 2018, Ministério da Saúde anunciou aromaterapia, florais e bioenergética entre 10 novos procedimentos que passarão a ser adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O que deveria ser apenas motivo para comemorar gerou muitas críticas negativas que temos lido e ouvido a respeito desta inclusão, como foi o caso deste texto dirigido ao Ministro da Saúde pelo médico oncologista, Dr. Gilberto Amorim:

“Excelentíssimo Sr Ministro da Saúde:

Fingimos trabalhar quando palpamos um nódulo na mama de um jovem, pedimos a ultra e em vez disso o MS oferece CROMOTERAPIA ou AROMATERAPIA…

Fingimos trabalhar quando amputamos a mama de uma jovem sem recontrução imediata e o Sr oferece FLORAIS…

Fingimos trabalhar quando deixamos de operar um paciente por falta de fio de sutura ou gaze mas tem OZONIOTERAPIA…

Fingimos trabalhar quando indicamos uma radioterapia de emergência para aliviar dor e evitar paraplegia mas fica na fila por meses mas tem GEOTERAPIA …

Fingimos trabalhar quando alguém com sangramento intestinal demora 6 meses para fazer uma colono pois o aparelho está quebrado mas tem a APITERAPIA…

Fingimos trabalhar quando prescrevemos um quimioterápico que está em falta na farmácia do hospital mas tem BIOENERGÉTICA…

Fingimos trabalhar quando prescrevemos asparaginase chinesa sem comprovação de eficácia para crianças com leucemia mas tem CONSTELAÇÃO FAMILIAR…

Fingimos trabalhar quando deixamos de prescrever Trastuzumabe para o câncer metastático pq o SUS não tem ainda mas tem IMPOSIÇÃO DAS MÃOS…

Fingimos trabalhar quando precisamos atender alguém no chão porque não tem maca, mas tem HIPNOTERAPIA…

Se o senhor fosse MÉDICO e não ENGENHEIRO “não praticante” ou ainda tivesse sua família atendida no SUS não faria as coisas que tem feito para iludir os mais ingênuos…quanto custará essa NÃO MEDICINA BASEADA EM NENHUMA EVIDÊNCIA???”

(Dr Gilberto Amorim – oncologista)

Inclusão de novas práticas de saúde x precariedade na área

A questão é que há uma ignorância ao quanto às terapias complementares que podem ajudar nossa população.
Entendemos e concordamos que muito há que se fazer no SUS como, por exemplo, a falta de materiais, pessoal e equipamentos para a Medicina Tradicional.

Mas não podemos confundir uma coisa com a outra.

As terapias complementares de saúde vêm para ajudar e complementar os cuidados com nosso povo, e não para roubar o lugar de melhorias que devem ser aplicadas em outros campos da saúde.

Portanto, se posicionar contra as práticas integrativas não é a solução para a luta pela melhoria do SUS; apenas se mostra como um egoísmo cego, que visa mais a manutenção de valores tradicionais do que a abertura para o mundo e para todas as possibilidades que podem ser oferecidas aos pacientes.

Fica aqui o nosso posicionamento!

Pedimos a quem concorde para compartilhar e espalhar esta mensagem de amor e aceitação do movimento do universo a favor da saúde integral!

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