Conhecendo os Direitos das Pessoas com Autismo

Conhecendo os Direitos das Pessoas com Autismo

No emaranhado de leis e regras que envolvem os direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias, muitas vezes fica difícil encontrar informações claras. Mas agora, graças à cartilhaAutismo – garantia de direitos, inclusão e informação“, lançada pela parceria entre a Comissão de Direito dos Autistas e seus Familiares da OABRJ e a subseção de Niterói, isso está mudando.

Essa cartilha, em apenas 60 páginas, traz explicações simples e fáceis de entender sobre coisas importantes, como como conseguir terapias pelo SUS ou na rede privada, como garantir uma educação boa e inclusiva, e quais são os benefícios previdenciários e tributários disponíveis.

É como se essa cartilha fosse uma lanterna, iluminando o caminho e ajudando as pessoas a entenderem melhor seus direitos. E isso é muito importante, porque até pouco tempo atrás, havia muito pouca informação atualizada sobre o autismo. Mas agora, com essa cartilha, as coisas estão mudando para melhor.

Compartilhar essa cartilha não é apenas um ato de generosidade, mas também um ato de justiça e empatia. Estamos dando voz aos que muitas vezes são silenciados, e estamos construindo pontes para a inclusão e o entendimento mútuo.

Portanto, que essa cartilha seja mais do que um recurso informativo; que ela seja uma semente de mudança, plantada em solo fértil de compreensão e solidariedade. E que, juntos, possamos colher os frutos de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde todos tenham a oportunidade de florescer e brilhar.

Vamos compartilhar essa luz, para que ela ilumine não apenas nossos caminhos individuais, mas também o futuro de uma comunidade onde todos são valorizados e respeitados.

MÃES SOBRECARREGADAS X FILHOS FOLGADOS

MÃES SOBRECARREGADAS X FILHOS FOLGADOS

Você já deve ter ouvido falar a seguinte frase:

Atrás de um filho folgado, tem sempre uma mãe sobrecarregada.

Desde cedo, é preciso desenvolver noções de responsabilidade para a criança, mas de que maneira? Através de atitudes e exemplos simples, como regar as plantas, guardar seus pertences e tirar o prato da mesa.

À medida que os pais inserem os filhos em pequenas tarefas, ele está criando em seu filho uma autonomia, isto é, um desenvolvimento saudável e participativo. Não buscar essa independência significa dizer que algo não está caminhando como deveria.

mãe e filhos trabalhando juntos

O instinto materno de querer cuidar o tempo todo ou acreditar que seja mais fácil fazer as tarefas do filho, ao invés de ensiná-las, está na verdade pulando etapas na vida da criança, pois ela acaba deixando de lado suas habilidades, não desenvolve responsabilidade, autoconfiança e colaboração.

Hoje, infelizmente, temos muitos casos de jovens vivendo trancafiados em seus quartos, em redes sociais e nos smartphones, cometendo atos irresponsáveis e relaxados, ou seja, uma geração totalmente despreparada para a vida. E, quando chegam à idade adulta, etapa em que a vida vai lhe cobrar tais atitudes descritas anteriormente, sem dó e sem piedade, o mesmo se sente um fracassado.

Portanto, é necessário o fortalecimento do vínculo da convivência no âmbito familiar. Para isso acontecer, é de suma importância que os pais, além de cuidar, orientem os filhos para a vida e lhes dê autonomia, sempre acompanhada com limites e exemplos. E, mamães: não queiram abraçar o mundo sozinhas, dividam as tarefas. Pais, não sejam omissos!

O ponto chave é: amor, parceria e equilíbrio.

Drª Jacqueline Mazzaro
Psicóloga Clínica

Abaixo, confira uma tabela com uma sugestão de tarefas para filhos de todas as idades.

Tarefas para crianças

Feridas emocionais da infância

Feridas emocionais da infância

As cinco feridas emocionais da infância que nos ajudam a identificar feridas atuais

Os problemas vividos na infância podem provocar algumas cicatrizes emocionais que podem predizer como será nossa qualidade de vida quando adultos. Além disso, podem influenciar significativamente na forma como os nossos filhos se relacionarão conosco e com outras pessoas no futuro.

Este artigo aborda cinco das feridas emocionais ou experiências dolorosas da infância, que, aliadas a uma parte da nossa personalidade, nos ajudará a observar quais são as nossas próprias feridas:

1- O medo do abandono

A solidão é o pior inimigo para quem foi negligenciado ou abandonado na infância. Quem já sofreu abandono tende a abandonar prematuramente as pessoas com quem mantém um relacionamento ou seus projetos de vida por medo de ser abandonado novamente.

Seria algo como “eu vou antes de você me deixar”, “ninguém me apoia, não estou disposto a suportar isso”, “se você for, não precisa mais voltar…”.

As pessoas que têm feridas emocionais de abandono na infância precisam trabalhar o medo da solidão, o medo de ser rejeitado e as barreiras invisíveis ao contato físico.

A ferida causada pelo abandono não é fácil de curar, mas, você consegue perceber uma melhora quando esse medo da solidão começa a desaparecer dando lugar a um diálogo interno positivo e esperançoso.

2- O medo da rejeição

O medo da rejeição é uma das feridas emocionais mais profundas, porque implica na rejeição de nós mesmos, do nosso interior, ou seja, das nossas experiências, dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos.

Esse medo pode aparecer por vários fatores como, por exemplo, através da rejeição dos pais, da família ou de colegas e gerar pensamentos de auto-rejeição e de auto-desqualificação.

A pessoa que tem medo de ser rejeitada não se sente digna de receber afeto ou de ser compreendida e por isso se isola em seu vazio interior.

É provável que as pessoas que sofreram rejeição sejam evasivas e por isso é necessário trabalhar os seus temores, os medos internos e as situações que geram pânico.

Se este for o seu caso, ocupe o seu lugar no mundo, arrisque-se, tome suas próprias decisões. Faça isso aos poucos e perceba que você ficará menos incomodado se alguém se afastar ou se esquecer de você em algum momento, você não levará isso para o lado pessoal.

3- A Humilhação

Esta ferida surge quando, em algum momento, sentimos que outros nos desaprovam ou nos criticam.

Podemos gerar esse tipo de problemas nos nossos filhos se dissermos que são maus, estúpidos ou se os compararmos à outras crianças; isto destrói a autoestima deles.

As feridas emocionais de humilhação geram uma personalidade dependente. Além disso, como mecanismo de defesa, a criança pode aprender a ser “tirana” e egoísta além de repetir as humilhações humilhando outros.

Ter sofrido esse tipo de experiência requer que trabalhemos a nossa independência, nossa liberdade, a compreensão das nossas necessidades e medos, assim como as nossas prioridades.

4- A traição e o medo de confiar

Surge quando a criança se sente traída por um de seus pais, principalmente no descumprimento de promessas. Isso cria uma desconfiança que pode ser transformada em inveja e em outros sentimentos negativos por não se sentirem merecedores do que foi prometido ou das coisas que outras pessoas possuem.

Sofrer uma traição na infância constrói uma pessoa controladora. Se sofreu estes problemas na infância, você provavelmente sente a necessidade de exercer algum controle sobre os outros, o que normalmente se justifica como sendo uma personalidade forte.

Essas pessoas tendem a confirmar seus erros por meio de suas ações. Para curar as feridas emocionais da traição, é necessário trabalhar a paciência, a tolerância e o saber viver, assim como aprender a estar sozinho e a ter responsabilidades.

5- A injustiça

A injustiça como ferida emocional se origina em um ambiente onde os cuidadores primários são frios e autoritários, isso porque uma exigência exagerada de exercer limites gera sentimentos de impotência e inutilidade, tanto na infância como na idade adulta.

A consequência direta da injustiça na conduta daqueles que a sofreram é a rigidez, pois estas pessoas tendem a querer ser muito importantes e adquirir grande poder. Além disso, é provável que a pessoa desenvolva um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo, bem como a incapacidade de tomar decisões com confiança.

Requer trabalhar a desconfiança e a rigidez mental, criando o máximo de flexibilidade e permitindo-se confiar em outros.

Agora que nós já sabemos sobre as cinco feridas emocionais que podem afetar nosso bem-estar, a nossa saúde e a nossa capacidade de nos desenvolver como pessoas, podemos começar a saná-las.

Escrito por Taiz de Souza. Fonte: Psiconlinews
Como identificar pensamentos suicidas

Como identificar pensamentos suicidas

 9 fatores de risco para suicídio e uma pergunta

Muitos de nós nos sentimos impotentes quando se trata de reconhecer um suicídio.

“Isso é tão trágico”.

“Que desperdício de uma bela vida”.

“Por que ele não nos falou sobre isso?”

Muitas vezes, estamos totalmente perdidos em como lidar com o suicídio, um assunto profundamente devastador.

Mas estamos muito mal informados pra discutir isso de forma substancial. O que é compreensível, pois a maioria de nós não é treinada em serviços psiquiátricos e faz o melhor para lidar com as próprias dificuldades na vida.

Descobrir como resolver o problema do suicídio parece estar acima de nossa autoridade.

É importante que cada um de nós se comprometa a ser melhor em falar sobre isso e quebrar certos tabus.

Como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio 1

A verdade é que cada um de nós pode ter um amigo suicida neste momento que não está nos contando sobre isso.

Eles não nos contam porque sabem que vivem em um mundo cruel, mal preparado para ajudá-los sem julgá-los.

A principal razão que impede as pessoas que pensam em acabar com a própria vida de falar sobre o suicídio é o medo de serem rotuladas como frágeis e problemáticas pelo resto da vida.

É preciso muita coragem para falar sobre o desejo de se suicidar, especialmente quando você está passando por isso.

Toda pessoa apresenta risco de suicídio. O suicídio não tem rosto.

Mães, pais, jovens, pastores, artistas, o pensamento de acabar com a vida pode enraizar-se na mente de todos.

Mas existem alguns grupos que são mais propensos ao suicídio do que outros.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, lésbicas, gays e bissexuais têm quatro vezes mais probabilidade de tentar se suicidar do que pessoas heterossexuais.

25% dos jovens transgêneros relataram terem tentado tirar a própria vida.

O que algumas pessoas não sabem é que se livrar dessa ideia e aprender a curtir a vida não é uma opção para aqueles que estão verdadeiramente deprimidos.

Por que o suicídio começa a parecer uma opção viável?

Como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio 3

John Gibson, um pastor cujo nome foi lançado recentemente como parte do hack de Ashley Madison (onde muitas pessoas foram expostas por criarem contas com a intenção de traírem seus cônjuges) cometeu suicídio em agosto.

“Ele falava sobre a depressão. Ele falava sobre ter seu nome lá, e ele me disse que estava muito, muito triste. O que sabemos sobre ele é que ele devotou a vida à outras pessoas, e ele o fez de graça, misericórdia e perdão para todos. Mas de alguma forma, ele não conseguia estender isso para si mesmo”.

– Christi Gibson, sobre o suicídio de seu marido, John.

Jody Nelson, um assistente social clínico em Lansing, Michigan, explica parte do porquê uma pessoa pode se sentir atraída pelo suicídio:

“Uma pessoa suicida muitas vezes vê o suicídio como uma solução pura, limpa e autônoma para seu estado emocional de desespero. O suicídio nunca é puro. Nunca é limpo. E nunca verdadeiramente autônomo. As pessoas suicidas não são capazes de ver ou prever as consequências de seu ato na vida das pessoas ao redor. Sua própria doença faz com que seja impossível para eles enxergarem isso.”

Ele nos aconselha a conhecer os fatores de risco:

Como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio 4

1. Depressão. Isolamento. Perdas.

2. Grandes mudanças de vida (e, às vezes, apenas algumas pequenas como começar ou parar de tomar certos medicamentos).

3. Tentativas de suicídio anteriores. Abuso de substâncias.

4. Comportamentos irracionais ou instáveis.

5. Dificuldades financeiras.

6. Acesso a meios de cometer o ato.

7. Intenção suicida.

8. Uma história de suicídio na família.

9. Conexões a outras pessoas que morreram por suicídio.

Jody Nelson diz que, se percebermos esses sinais, devemos perguntar diretamente a pessoa algo do tipo:

“Eu notei que você esteve particularmente para baixo ultimamente. Você está pensando em se machucar?”

Isso não fará com que alguém que não tenha tendências suicidas passe a considerar a ideia de repente.

O que isso fará, caso alguém esteja pensando em suicidar-se, é fazê-lo atravessar uma parede que está o mantendo isolado e, de repente, aliviar parte dos sentimentos acumulados, com os quais ele esteve lidando sozinho.

Uma pessoa com depressão e sentimentos suicidas é muitas vezes grata por encontrar alguém com quem possa falar francamente sobre o que está pensando.

E caso alguém responda que sim, escute-o e converse com ele. Mas também leve-o a emergência, leve-o até lá, vá com ele. Dessa forma, eles terão acesso ao acompanhamento adequado.

Em seguida, fique de olho e acompanhe a situação. Continue conversando come ele, pois ele vai tentar minimizar a situação. Quem não faria isso?

É por isso que é importante para nós falar sobre isso publicamente e agora.

Como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio 2

Quando aprendermos a falar sobre o suicídio de forma mais produtiva e demonstrarmos publicamente que estamos tentando entender um pouco melhor do que costumávamos, abriremos portas caso alguém em nosso círculo esteja pensando em se suicidar.

Devemos demonstrar que não iremos julgar nossos amigos e pessoas amadas – apenas amá-los.

Compartilhe esse conteúdo com seus amigos e ajude a quebrarmos alguns tabus sobre o suicídio.

O post Como identificar pensamentos suicidas: 9 fatores de risco e uma pergunta apareceu primeiro em Awebic.
Convite

Convite

Uma homenagem ao dia do Psicólogo

Pois fica decretado,
A partir de hoje,
Que terapeuta é gente também.
Sofre, chora, 
Ama e sente,
E, às vezes, precisa falar.

O olhar atento,
O ouvido aberto,
Escutando a tristeza do outro,
Quando, às vezes, a tristeza maior
Está dentro de seu peito.


Quanto a mim,
Fico triste, fico alegre
E sinto raiva também.
Sou de carne e sou de osso,
E quero que você saiba isso de mim.


E agora, 
Que já sabes que eu sou gente,
Quer falar de você para mim?

Clara Feldman